domingo, 9 de outubro de 2011

As correntes que me detém...

Por Adelina Charneca Trindade/Domingo 09-10-2011 às 14.30h
Nos desabafos que tenho com o papel e de caneta em punho lá vou dizendo aqui e ali um dia atrás do outro de vez em quando algo daquilo que é o meu ser,um ser complexo e difícil de entender,um ser claro e transparente que deixa a vida acontecer,um ser ora doce ,ora hostil  que de querer quer um mundo onde todos possam ''ter''.
__Aqui e ali vou soltando o meu grito ,o meu soluço e sempre o sorriso,a lágrima também se faz presente de passado e de futuro quando me escutam os lamentos,as folhas de papel às vezes reciclado como reciclado é o meu coração reciclado dos maus tratos que lhe dou querendo a todo o custo que fique como novo e guarde para si as mágoas que ontem o feriram e o levaram a uma certa escuridão .
A sela onde me encarceraram ,as correntes com que me querem fixar a um chão que não deseja ser pisado por mim tornam os meus desabafos cada dia mais sentidos com fundamento mais oportuno e sincero,o carcereiro olha-me e não consegue proferir o sentir que o leva a sê-lo,a vida pede-me que a viva ,os corvos voam sobre a minha cabeça  como guilhotina esperando Maria Antonieta.
No papel as poucas e frágeis conjugações vão formando conjuntos de palavras por vezes tão herméticas que a sua leitura revela-se uma verdadeira''MISSÃO IMPOSSIVEL''
(EU)
09-10-2011
14.30H

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