quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ou não...


Caminhando sobre Rosas brancas às quais já retirei os espinhos sinto o perfume que me chega de ti confundindo-se com o ambiente que me rodeia,os meus olhos afogam-se nos teus  lanças-me a bóia de salvação que me chega em forma de abraço, apertas-me fortemente entre soluços e sorrisos ...
Vagueio por estreitas ruelas buscando o teu retrato e tentando recordar o teu nome que quero esquecer mas que necessito pronunciar vezes sem conta até que me esgote sem forças e desista cansada de lutar contra tudo o que me sufoca e este amor inexplicável é a prioridade que se me afigura enquanto percorro estradas feitas de nada do viver que ainda desejo para o dois.
Entre a tua e a minha vida encontro vontades alheias à nossa própria que me  trás ao pensamento a  presença que a tua ausência teima em fazer notar.
A necessidade de escrever tornou-se quase uma obsessão,caiem palavras de mim e atiro-as contra o vento que as leva rolando pelo chão,vejo-as escapar em novelos que se desenrolam debaixo dos meus pés e me fazem rir sem parar quando era a minha vontade desatar a chorar...
Estou aqui com o meu corpo,mas não poderei oferecer-te a minha alma,ela nem a mim pertence,entreguei-a numa bandeja com palavras doces e letras ternas a quem a resgatou na escuridão em que estava mergulhada são palavras efémeras eu sei,desgastam-se nas letras soltas do alfabeto que aprendi há muito tempo atrás e só agora lhe sei o significado,esse que procuro em jogos de sinónimos que jamais desejo ver antónimos, princípios que me fazem esconder dos sentidos que me perseguem enquanto soletro...
Com ''A''amo-te,com''B''beijo-te,com o 'D'dou-me,procuro ainda o''Q''de quero-te com o''T''tens-me;
__Ou não!
E vamos os dois um de cada lado da ponte que nos separa caminhando de mãos estendidas sobre a nossa estrada feita de nada
Sílabas que não consigo contabilizar surgem-me de toda a parte incompreensíveis ,por linhas e linhas sem fim,paralelas mas não convergentes,saberei algum dia o motivo pelo qual há dias em que tenho necessidade de me vitimizar não sendo vitima de coisa nenhuma.
Julgo ver os nossos olhares entrelaçados contorcionistas do destino em busca da rede de salvação!!!
(EU)
08-12-2011
11.11h

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Poeminha

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