quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sentada à beira do caminho



...tantas vezes te escrevi
tantas palavras soltas te deixei
Pedi ao luar que te encontrasse
às estrelas que te iluminassem o caminho
e te trouxessem até mim
ao sol que aquecesse a minha alma gelada
Pedia e não me escutavas
escrevia e nada acontecia
cansei
cansei
e cansada eu estava
sentada na beira do caminho
chorando baixinho
já esquecida
entristecida
sem esperança do eco das minhas preces
sem esperança que o vento
me trouxesse o aroma que desejava
esmorecidas estavam as minhas vestes
o meu olhar caído no chão
o rosto cinzento
perdido de alento
tanto escrevi
tanto pedi!
Adelina Charneca*

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