sábado, 21 de setembro de 2013

Tormenta


...navego em lágrimas de solidão..
faço escala em velhos portos desactivados...
cruzo-me com icebergs...
monstros marinhos...
e outras tormentas,
...todos no meu caminho alinhados...
levanto a ancora...
desenrolo a vela...
faço-me ao mar...
remando ,incansável...
até uma ilha deserta...
árida...pouco ou nada fértil...
ao alto ergo um coração...
para me dar alento,apoio e atenção...
...mas ergo-o em estacas frágeis...
ele não suporta o peso da sua missão...
e então...
coração frágil...
dispenso-te...
afinal...
fico só com o meu...
mais forte e mais ágil...
mais só,mas mais doce...
vai-te e sai de mim...
deixa as frágeis estacas ruírem de vez...
deixa...
em algum canto guardado
estará um coração como o teu...
descomandado!
Adelina Charneca

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