sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Hoje...


...o dia amanheceu fora de tempo
o sol foi apenas uma sombra no momento
da noite resta o sono mal dormido
transtornado por alguém lhe haver mentido
olhos abertos na escuridão
cegos por quem lhe rompeu o coração
as mãos vazias...
de outras mãos trazias
os passos levam-te ao caminho sem volta
nessas curvas de um estrada tão torta
a tua voz faz eco no silêncio
onde ninguém te escuta
onde nada te espera
apenas e só
o teu ser ou não ser...
que será se tu o desejares,
se tiveres força e coragem
para o esqueceres
e o matar dentro de ti
e o enterrares por aí
como indigente
como quem te matou indiferente
nada mais merece
que morrer...
com o veneno que te deu a comer,
não o tomes mais no teu coração
só tem maldade na língua
e de amor...
deixa-o morrer à mingua
é o que merece
quem a ti sem o mereceres
te esquece!
Adelina Charneca

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